Acima: o presidente Orestinho e o mexicano Manuel Guzman (Ficebu)
Ficebu quer
Unificar normas sanitárias
Buscar o entendimento entre os governos das Américas e fortalecer os laços entre os criadores de zebuínos. Esses foram os principais assuntos que nortearam a reunião de Federação Internacional de Criadores de Zebu (Ficebu), realizada durante a Expo Zebu 2005. Para o vice-presidente de entidade Manuel L. Guzman, do México, e necessário que os criadores de gado zebu das Américas falem a mesma língua quando o assunto e sanidade. “Precisamos estreitar o comercio entre nossos países. Se conseguirmos buscar Apoio das autoridades para isso, a Ficebu já terá cumprido com seu proposito”, afirmou.
Na oportunidade, foi discutida a necessidade de se dar um caráter jurídico a Ficebu, para torna-la atuante politicamente. “Existem questões que podem ser simplificadas, como a comercialização de material genético bovino. Se concentrarmos nossos esforços nesse intento, estaremos facilitando as relações políticas entre nossos países porque sêmen e embriões são bem simples para se fazer a fiscalização sanitária”. Explicou o pecuarista mexicano Felipe Vela.
Segundo Amélia Labarthe pecuarista na Argentina, e preciso concentrar esforços. «Precisamos convergir em um único ponto para criar condições de sentarmos com todos os governos interessados e discutirmos a unificação do protocolo sanitário”, arrematou. Jose Rubens de Carvalho, diretor internacional da ABCZ, disse que o papel da Ficebu deve ser o de mediar as propostas das associações. Mas, para ser uma pessoa jurídica e ter uma estrutura que lhe proporcione base para trabalhar e preciso analisar profundamente essa conduta e consultar bases jurídicas. “Estamos acionando os advogados da ABCZ para que nos orientem quanto ao aspecto legal e a viabilidade de tornar a Ficebu uma pessoa jurídica. Ainda não sabemos se esse será o melhor caminho. Vamos levar esse estudo para discussão na próxima reunião de diretoria da ABCZ, ainda no começo de junho,” disse. Rubiquinho ressaltou a importância de Ficebu quanto a unia das associações de criadores de zebu americanas, principalmente em torno das questões sanitárias. “Isso e inquestionável. Temos que buscar o entendimento entre pecuaristas e governos para otimizar o comercio entre nossos países” arrematou.
Ao lado: O diretor da ABCZ, Rubiquinho (dir.) e pecuarista argentina Amélia Labarthe
“Precisamos convergir em um único ponto de criar condições de sentarmos com todos os governos interessados e discutimos a unificação do protocolo sanitário.”
A visita do senador norte-americano Javier Souto a feira propiciou outra conversa em torno do assunto “barreiras sanitárias”. Depois de conhecer um pouco da historia do zebu no Brasil, no Museu do Zebu, e receber impressos sobre a ABCZ e o gado indiano, para compor biblioteca do Senado dos Estados Unidos da América, Souto esteve com o presidente da ABCZ, Orestes Prata Tibery Junior, e mostrou-se impressionado com a evolução do brahman e como o trabalho que os pecuaristas brasileiros fazem, por meio do melhoramento genético. O presidente da ABCZ e o diretora entidade Jose Rubens Carvalho, conhecido entre os pecuaristas como Rubiquinho, falaram também ao senador sobre as questões sanitárias que envolvem Estados unidos e Brasil, principalmente com relação a negociação de material genético e animais. “as questões sanitárias são minuciosas. O Brasil não tem interesse em causar qualquer problema que estremeça o comércio entre os dois países. Mas, precisamos sentar e discutir melhor a questão das barreires internacionais porque muitas vezes elas são políticas. A ABCZ quer mediar esses entendimentos, auxiliando o produtor para que ele esteja representado em assuntos que também são de seu interesse, como no caso da comercialização de material genético bovino”, disse Rubiquinho. O senador Javier Souto mostrou-se propenso a intermedias a relações entre os dois países nesse sentido.
Atualmente, o Brasil não pode exportar material genérico (sêmen e embrião) nem animais vivos para os Estados Unidos. Apenas aquele país pode exportar para cá sêmen bovino. De acordo com o gerente executivo do BCG Simão, o senador pode facilitar a entrada do Brasil também nos mercados do México e as América Central. A comitiva norte-americana conheceu, ainda, centrais de inseminação sediadas em Uberaba e fazendas da região.
O grupo americano que acompanhou os senados contou, também, com a presença do diretor da Câmara de Comercio Latino-Americana (Camacol), Dennis Morales, e do empresário da WK Trading Andre Martins.
Nova Luz para importação
Anuncio feiro pelo ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Roberto Rodrigues, durante a abertura da ExpoZebu deste ano acenou para a concretização do desejo de vários selecionadores de zebu. Foram 43 anos de suspensão das importações de material genético bovino de rebanhos da Índia por pecuaristas brasileiros. A Instrução Normativa liberando a importação de embriões, que estava proibida desde 1962, foi assinada pelo ministro, que também anunciou a liberação de R$ 40 milhões sejam liberados pelo governo federal para sanidade animal, atingindo R$ 100 milhões. Ate agora, as verbas chegaram a $R 77 milhões.
Artigo publicado por: ABCZ, 2005